Na beira do Abismo – On the brink

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Por Bill Rabinowitz
THE COLUMBUS DISPATCH

Em um ano normal, começo de Julho seria o momento mais espetacular da temporada da Arena Football League.

Os Playoffs e a corrida pelo título estariam sendo disputados!

Este ano, porém, nada está sendo traçado em campo e sim fora! Sob uma crise financeira devido a uma má gestão econômico/financeiro, os proprietários das equipes votaram em Dezembro de 2008 para o cancelamento da temporada 2009 na espectativa de que um novo modelo econômico fosse criado para 2010 e adiante.

Mas semana após semana, tudo parece crer que a liga não irá retornar!

“Provavelmente 5% de chances!”, disse o QB Matt Nagy do Columbus Destroyers sobre a chance de jogar a temporada 2010.

Mas Nagy disse que é apenas uma suposição. A verdade é que a informação é muito difícil de ser adquirida. A AFL tem dispensado quase que por completo o seu staff e tem impedido a mídia de agir nos últimos acontecimentos que cerca o futuro da liga. Jim Renacci, gerente do Destroyers, que está no comando de tentar ressuscitar a liga, não tem retornado ligações ou mensagens de texto.

As opiniões dos proprietários das equipes, por outro lado, estão começando a vir a tona, e eles não transmitem um bom cenário sobre o futuro da liga. A estrela do Rock Jon Bon Jovi que é um dos proprietários do campeão do Arena Bowl 2008, o Philadelphia Soul, falou sobre a situação da liga para o The New York Times.

“Estamos na beira do Abismo”, disse Bon Jovi. “Isto é mais profundo do que um cancelamento de temporada. Nós estamos na beira de um abismo. Posso lhes afirmar que estamos trabalhando duro para manter os jogadores empregados e os nossos fãs satisfeitos. Este é o meu 1o pronunciamento sobre este processo de reestruturação da liga. Todos nós amamos tanto o jogo que estamos trabalhando para o retorno.Eu juro a todos vocês que estamos trabalhando todos os dias. Existem ligações por volta das 7 da noite quase todos os dias para uma revisão do que está sendo feito na tentativa de manter o negócio andando.”

E Mike Ditka, um dos proprietários do Chicago Rush, disse o seguinte ao Chicago Sun-Times:

“Eu adoraria ver a AFL de volta. Mas se não se ouviu nada até o momento sobre o retorno da liga, portanto não vejo a liga retornando porque todos os envolvidos não estão unidos na causa. Se a liga retornar, provavelmente terá que se reestruturar a um nível mais baixo e terá que firmar parcerias mais sólidas e buscar um melhor gerenciamento das equipes.”

Turbulências!

Existem muitos outros sinais ameaçadores!

HC Tim Marcum do Tampa Bay Storm, o hc mais vitorioso na história da liga, informou na última terça-feira que o seu emprego foi eliminado. O New Orleans VooDoo e o Los Angeles Avengers encerraram as atividades. E em 1o de Junho, jogadores perderam o seu benefício saúde. O acordo de renegociação com o sindicato, na qual os jogadores concordaram em reduzir aproximadamente em 50% o salary cap para aproximadamente $1 milhão por equipe, não foi ratificado pelos proprietários.

“Acredito que há uma falha na liderança e uma falta de união dos responsáveis,” disse o presidente do sindicato dos jogadores, James Baron. “Você não tem o consentimento por parte dos proprietários. Falta comprometimento por parte dos proprietários das equipes.”

Baron, veterano de 12 anos na AFL que jogou a temporada passada pelo Chicago Rush, disse que acha que os proprietários estejam divididos em 3 categorias: aqueles que querem que a liga continue, aqueles que não querem e aqueles que estão indecisos.

O problema é a dificuldade em conseguir um consentimento sem um comissionário (commissioner). David Baker, que serviu a liga por 12 anos como comissário, renunciou em Julho passado, para supresa de todos, 2 dias antes do ArenaBowl.

A falta de comunicação da liga tem deixado os jogadores frustados. Nagy disse que convocou os jogadores do Destroyers em Maio para ter certeza de que a liga havia informado que os benefícios iriam ser cancelados.

“Recebi mensagens de texto e telefonemas falando que não tinha a menor idéia do que estava acontecendo”, ele disse. “O quanto ridículo é isso?”

Baron está também pertubado pela inatividade e falta de comprometimento dos proprietários para ratificar o acordo com o sindicato, que foi proposto em Março como a chave para colocar a liga no rumo ao retorno.

“Fizemos o possível para contornar esta situação e manter o jogo rolando”, ele disse.

Queda-Livre

Quando Baker renunciou, alegando razões pessoais e proficionais, a liga parecia estar em solo fértil e firme. A audiência na televisão estavam em alta a todo momento. E também o público nas Arenas.

A liga havia preenchido um nicho de mercado em esportes com muita ação em um negócio relativamente acessível. O Destroyers vendeu pacotes de 8 jogos para a temporada por em média de $99.

Mas por baixo da superfície, problemas duradoudos persistiam. Uma fonta da liga informou que mesmo algumas das franquias estarem licrando, a maioria estavam perdendo em média $1 milhão por temporada. A liga estava perto de $9 milhões em dívidas. O contrato de TV com a ESPN trouxe uma maior visibilidade para a AFL, mas a contribuição era de apenas$250,000 para os cofres da liga.

Jogadores estão de mudança

Com apenas alguns funcionários remanescente na liga, é muito difícil de imaginar a liga organizando uma temporada em 2010. Bilhetes precisam ser vendidos, acordos com a televisão precisam se feito, programação de jogos, merchandise. Estas são apenas alguns das inúmeras tarefas necessárias para o retorno da liga.

E com os jogadores permanecendo no escuro não é um bom sinal.

“Eles estão apenas nos fornecendo fumaça e tentando levantar capital”, disse Baron. “Não podemos colocar nenhum peso no que está sendo falado no momento.”

Jogadores foram forçados a seguirem com as suas vidas. Alguns tentaram outras ligas. Matt D’Orazio, o Most Valuable Player da temporada 2008, foi ao training camp do Calgary Stampeders da Canadian Football League, mas não fez o final rosters e voltou a Columbus para trabalhar com vendas em uma empresa no ramo de medicina.

Mesmo que a liga retorne de alguma forma, a redução dos salários irá provavelmente provocar que alguns dos mais veteranos jogadores se aposentem. Nagy e sua esposa tem 4 filhos. Ele tem um trabalho com vendas em uma construtora em Pennsylvania.

“Estar jogando, simplemente não posso usufruir desta paixão no momento,” disse Nagy. “Eu me comprometi com esta empresa.”

Baron tem uma empresa de personal-training, mas afirma que prefere fazer o que ama — playing football.

“Eu gostaria de relaxar e dizer a todos que estou Otimista, mas não posso”, ele disse. “Sou mais realista do que otimista. Não há razões claras para eu acreditar que algo de bom irá acontecer.”

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